e trancafiada em seu caos particular, chorou.

agosto 16, 2011

Foi quando o dia desapareceu em milhares de pequenas estrelas cheias de pequenas vidas que ela se levantou,
e decidiu que nem mesmo os mais aterrorizantes pesadelos a levariam a qualquer outro lugar.
Naquele momento, via em sua pequenez uma força descomunal, o odio.
talvez a madrugada instigasse tamanha dor, a solidão.
talvez suas noites mal dormidas transformassem a melancolia nessa luz quase bela, a lua.
ela conhece todos os contos egipcios, a vaídade dos faraós
vive de rabiscar em papeis um pouco mais da sua angustia, seu mundo, seu nada.
e de criar contos complexos antes de dormir, ignorando assim aquilo que corre em suas veias, o medo do tudo quase vazio que lhe espera.
suas palavras complicadas demais e por isso, facilmente entendidas.
sua distorção no olhar, feiura escondida atras da maquiagem cuidadosamente colocada.
apanhou suas verdades do chão, se levantou suavemente como quem não sabe o que quer mas quer saber algo a mais,
e em um piscar de olhos estava protegida,
criou o muro!
aos poucos foi se prendendo em si, naquela realidade paralela,
nessa falsa poesia escrita em versos desconexos, tão intercalados quanto as mãos desses pobres sonhadores em noites de verão.
algumas primaveras se passaram, invernos, outonos.
2) melancolia do outono: pequenas folhas que se desdobram em milhares tornando belo esse asfalto cinza, quase como minha alma, da cidade. um pouco mais dela.
que se torna parte de ti, talvez um pouco propositalmente.
mas no natural deles.
no encostar das pernas, a mão posicionada em teu cabelo.
esse tu que não me sai da cabeça.
3)o dia correu, portas foram trancadas.
dentro dessas 4 paredes ela se debate, quarto escuro.
o correr do relógio, o queimar dos cigarro, um amor.

Uma resposta to “e trancafiada em seu caos particular, chorou.”

  1. Amanda Says:

    Denso demais. e sem dúvida um dos seus melhores textos.


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